"Frankenstein ou o Prometeu moderno" de Mary Shelley



Imagem de Frankenstein imortalizada em filme homônimo, de 1931

Frankenstein é um daqueles monstros, assim com Drácula, que habitam o panteão de monstros modernos do Ocidente e que, embora pouca gente, de fato, conheça sua origem, praticamente todos conhecem sua figura.

Pode-se imaginar, então, minha surpresa ao me deparar com a fonte do mito. Aquela imagem doce e inocente, muitas vezes romantizada pelo cinema, teatro, quadrinhos e tantas outras obras para as quais a literatura possa ser adaptada, foi sendo modificada na minha frente, página por página, por um monstro atormentado por sua aparência e pela rejeição do seu criador e das pessoas das quais tenta se aproximar. Rejeição essa que transforma uma criatura inocente em um monstro vingativo que busca incessantemente respostas que justifiquem sua condição.

Essa nova faceta “Frankensteiniana” acaba por justificar a longevidade da obra, que foi criada por Shelley em um dia de chuva, para entreter os amigos e que, a princípio, tinha um complemento no nome de “O Prometeu moderno”. Atualmente suprimido por muitas editoras, o subtítulo faz ótima alusão ao mito grego do titã que entrega o fogo para a humanidade e que, por tal ato, é atormentado pela eternidade, metáfora maior para a situação do jovem cientista criador do monstro impossível.

Ao propor questões que nos são impostas até hoje, como, por exemplo, o avanço da medicina e até onde esse avanço pode ultrapassar o limite do ético, a importância da aparência para a sociedade em si e, talvez, a mais reflexiva, por atormentar filósofos há tempos, o porquê da nossa existência, Shelley não só nos dá um monstro, mas uma nova forma de refletir sobre os problemas de nossa relação com aquilo que nos cerca e com o que acreditamos.
O “Prometeu de Shelley” se questiona a todo instante o porquê de tudo, de sua existência, de sua aparência e de sua não aceitação pela sociedade e, ao buscar respostas junto ao seu criador, este o repudia.

Ao fim da leitura, a impressão que temos é de que, enquanto a humanidade se questionar sobre sua existência e os problemas que regem sua “evolução”, o “Prometeu de Shelley” continuará vivo na imaginação de todos.

Deixo pra vocês links referenciais:




Um beijo, 

da Menina Leitora, Karina Mitalle.



E essa foi a primeira resenha da Karina! Quem quiser entrar em contato com ela, pra parabenizar, elogiar ou criticar (aceitamos todos os tipos!), é só mandar e-mail para o meninasleitoras@gmail.com ou falar diretamente com ela no Facebook.

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Boa leitura!


Um comentário:

  1. Nossa! Profissional! Muito bom, esse blog tem tudo pra bombar. Vamos lá pessoal! Vamos falar de cultura útil, porque cultura inútil muita gente já está falando (nada contra a cultura inútil né??).

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