Além dos Livros: "O silêncio dos inocentes"



Quando me perguntam qual dos meus livros eu mais gosto, sempre rola um friozinho na barriga antes de responder. Não que eu tenha realmente um preferido (meus livros são como filhos), mas tem aquele que me traz mais lembranças. Nesse caso, O silêncio dos inocentes. Gosto de brincar que foi o primeiro livro de “gente grande” que eu ganhei e li (presente de mamãe): eu deveria ter uns dez anos e já era uma grande fã de suspense. Então, nada mais justo. Lembro que, na época, não entendi muitas coisas, mas, à medida que fui crescendo e relendo, fui gostando ainda mais dele.

Mas como hoje é sexta, dia de "Além dos Livros", vim falar do filme que foi lançando em 1991 e ganhou 5 Oscars (melhores filme, roteiro adaptado, diretor, ator e atriz).

Quer colaborar?

Oi, gente! Tudo bem?

É o seguinte: algumas de nós, Meninas Leitoras, estamos entrando no último ano da faculdade. Aeee! Finalmente! kkkk 
Bom, sabem como é, né? Correria, falta de tempo, monografia pra escrever... Por isso, pensamos em procurar alguns colaboradores pro blog, pra ajudar a gente a mantê-lo atualizado. Legal, né?


Então, como é o trabalho e como vai ser o processo?

Precisamos de gente que goste de escrever e que possa dedicar um tempo pro blog. Tem que ter boa escrita e saber as novas regras ortográficas. Os textos vão passar por revisão antes de serem postados, mas é bom ter uma boa redação, né?

Lembrem-se que nosso blog é dividido em seções, que postamos em dias específicos (confira neste link). Vejam com qual vocês se identificam mais e contem pra gente na ficha de inscrição!

Escolheremos 3 pessoas para nos ajudar.

Para se inscrever, basta mandar um e-mail para meninasleitoras@gmail.com com:
  • Nome:
  • Idade:
  • O que faz (estuda, trabalha em quê?):
  • Quanto tempo tem disponível para o blog (por semana)?
  • O que gosta de ler?
  • Tem ou colabora com algum blog? Se sim, deixe o link de algum post que escreveu. Se não, escreva um parágrafo ou dois sobre algum livro que leu (pequena resenha).
  • Por que quer ajudar o Meninas Leitoras?
  • Com qual seção do blog você se identifica mais?


No dia 15 de março, anunciaremos as 3 pessoas que farão parte da nossa equipe! 

Venham escrever com a gente!

Um grande beijo!

"Eu sou o mensageiro", de Markus Zusak


Imaginem um romance delicado, direto, comovente, poético e extremamente fácil de ler. Imaginou? Então, você acabou de imaginar Eu sou o mensageiro, de Markus Zusak.

O enredo não poderia ser mais simples: Ed Kennedy é o típico perdedor, tem 19 anos, trabalha como taxista, mora em um subúrbio com um cachorro de 17 anos, Porteiro, que é viciado em café. Têm dois amigos tão perdedores quanto ele e é apaixonado pela Audrey, sua melhor amiga, mas não tem coragem de se declarar. Há um ano, ele perdeu o pai por causa do alcoolismo e a mãe não é sua fã número um. Mas Ed é conformado com sua situação e não parece querer mudá-la. Até que, um dia, o destino garante isso.

Ed sem querer impede um assalto, aparece em alguns jornais, se torna uma espécie de herói. Quando ele acha que conseguiu se livrar da fama, eis que surge um envelope em sua casa. Dentro dele, há um ás de copas com três endereços e horários escritos... e só. Para descobrir do que se trata só tem um jeito: ir aos endereços, nos horários indicados e ver o que acontece.

Meninas Autoras: "Insônia"


Pessoal, esse é o primeiro texto da coluna "Meninas Autoras", em que vamos postar textos nossos de criação livre, sem ligação com alguma obra literária. Espero que gostem e continuem acompanhando!

"É difícil escrever quando mal se sabe o que dizer. É impossível saber, se ainda está pra acontecer. Mas o que eu sinto, num tem jeito, é fato admitido. Num tem como negar, já era, é conhecido. Se um dia eu falei nunca dizendo que era pra sempre, hoje digo que o sempre está longe demais pra garantir o nunca.
Nunca se sabe o que está por vir, mas sempre imagino como seria se viesse você. Ou se seu futuro será protagonizado por mim. Ou se nossos futuros estão prestes a se tornarem um só presente. Será que o passado é um déjavù do que virá pra nós? Ou o presente é apenas um obstáculo vencível pelo cansaço?
Cansei. De esperar, de tentar, de ficar acordada a noite inteira criando histórias que, mesmo que eu não esteja dormindo, não passam de sonhos. E, quando durmo, esqueço tudo isso, descanso da iludida forma que encontrei de passar os dias sem você.
Ai, que saudade dos nossos tempos... Quando estar com você acelerava o relógio e ficar longe do seu abraço fazia o tempo parar. E faz. É hora de agir, mas me nego a admitir que a ação me dá medo. Ao mesmo tempo que já é tarde, ainda é cedo.
Não vá. Fique mais um pouco comigo. Fala mais besteira pra eu rir. Deixa eu fazer cosquinha em você. Ainda nem tô com sono. Vamos ver um filme? Você faz a pipoca e eu arrumo a cama. Tá frio, né? Que tal mais um edredom? Acho melhor fazer chocolate. Fica aí, num demoro... Esse filme é bom, mas se importa se eu dormir? Tá tão bom aqui, com seu calorzinho... Não se preocupa, pode ficar à vontade pra mudar de canal. Eu só quero dormir e sonhar...

Nossa, cair da cama dói. Mas a dor aumenta aqui dentro quando penso que foi só um sonho... Você nem gosta de pipoca!
Queria aprender a sonhar futilidades, daquelas que a gente lembra quando acorda e começa o dia rindo! Mas tá tudo ao contrário: só sonho acordada com o que me deixa à beira das lágrimas.
Ai, já não entendo mais nada! Não sei sobre o tempo, o passado me remete ao futuro, e o presente só Deus sabe! Já não sei separar o dia da noite, nem o ontem de hoje. Sei lá o que é certo, se o bom ou o ruim. Mal sei o que é o mundo, quem dirá o que ele espera de mim! Mas conheço meus princípios e, a que fins eles me levarão, vou saber só amanhã.
Por enquanto, só me resta voltar ao travesseiro e continuar regando minhas ilusões e, depois, quando pegar no sono, viver! Porque dormindo eu vejo o mundo mais claramente, e acordada o amor me cega. Me empresta seus óculos?"

Além dos livros: Os Miseráveis



Dizem que, após testemunhar um mendigo olhar, de modo rancoroso, um nobre que passava, Victor Hugo resolveu escrever Os Miseráveis, obra que demorou quase 30 anos para ser publicada. Falar d’Os Miseráveis é uma coisa complicada, pois tudo que poderia ser dito ou escrito já foi feito em inúmeras peças de teatro, filmes, resenhas, monografias, etc. Afinal de contas, desde de 1862, esse é um dos livros da literatura francesa que mais impressiona, devido a sua grande carga dramática e inúmeras críticas sociais.

Mas o que me levou a escrever esse post? Simples: o lançamento de um dos filmes mais aguardados do ano, no último dia 1º. Em meio a inúmeras adaptações que a obra ganhou desde seu lançamento (uma rápida pesquisa me revelou 48 delas), o burburinho que esse levantou foi uma coisa espantosa. Indicado a oito categorias do Oscar e com um elenco estelar, o filme arrebatou a crítica e o público com um drama bem construído, capaz de mesclar lágrimas e sorrisos ao longo de seus 158 minutos.

Alah-la-oh!

Pessoal, como podem ver, estamos em falta com as postagens. Mas é que até as Meninas Leitoras têm uma folguinha no carnaval, né?
Com os dias úteis de volta, a blog também retorna à programação normal, ok?
Enquanto isso, fiquem à vontade para ler nossos textos antigos. Vai que vocês deixaram algum passar batido, né?

Um beijo!

Além dos livros: O Perfume - A história de um assassino


Oi, pessoal! A nossa Literatura Comparada de hoje é sobre uma história de crime, amor, suspense e cenas tão bem detalhadas que parece que você está dentro do livro.
Vocês já leram O Perfume - A história de um assasino? É um romance do alemão Patrick Süskind, lançado, originalmente, em 1985. A história se passa no século XVIII e tem como personagem principal Jean-Baptiste Grenouille. Ele nasceu e foi deixado em meio a entranhas de peixe, em um mercado de Paris. Além da rejeição materna, também foi rejeitado pelas amas-de-leite, que o achavam estranho, pois ele não exalava o cheiro característico dos seres humanos. Ele cresce e sobrevive ao repúdio, a acidentes e doenças. Logo percebe que tem o dom de sentir os mais variados cheiros a longas distâncias e identificá-los com perfeição. Com isso, ele parte em busca do aroma perfeito, aquele que sentiu uma vez, vindo do corpo de uma mulher, e acha que é isso que dará a ele a capacidade de seduzir e dominar quem ele quiser. Para conseguir, sequestra mulheres e tenta extrair seus odores, utilizando as técnicas que aprendeu com seu mestre na loja de perfumes em que trabalha.
O livro é lindo! Como fazer com que o leitor sinta cada cheiro como se estivesse ao lado de Grenouille? Descrição detalhada de tudo. Eu fiquei impressionada com os cheiros que pareciam estar à minha volta.
O filme homônimo, de 2006,  não é tão bom assim. Eu senti falta de muitas coisas importantes (que não vou falar aqui, não quero dar spoilers) e a cena final não chegou nem aos pés da descrita no livro. Existe um clímax, pouco antes do final, envolvendo uma orgia louca, que, para mim, foi a cena que mais se aproximou da originalmente escrita. Mas o filme me decepcionou. Recomendo, apesar de tudo. Talvez seja até melhor assistir ao filme antes de ler o livro, pois não vai haver decepção, como há no caminho contrário.

Assistam ao trailer do filme:



A outra referência de que me lembrei e que foi o que me levou a escrever esse texto, é o episódio 14 da 6ª temporada da série Criminal Minds. Para quem não conhece, o site "Vejo Séries" a descreve neste link. Nesse episódio específico, chamado Sense Memory, um homem assassina mulheres e as deixa embaladas em plástico em vários pontos de Los Angeles (assim como Grenouille as "embala"). Para deixá-las inconscientes, utiliza clorofórmio. Seu objetivo? Extrair o cheiro dessas mulheres para chegar a uma essência pura. E ele também sofria de “hiperosmia”, a tal disfunção que o leva a ter o olfato muito mais apurado que os seres humanos normais. Óbvio que foi referência, né?
Vejam o vídeo promocional do episódio:
Eu sou apaixonada pela série, então, recomendo demais! A quem nunca assistiu, já aviso para ser paciente, pois já estamos na 8ª temporada. Mas vale a pena.
Para terminar, outras referências (musicais) que não conheço, mas descobri na pesquisa:
  • A música Scentless Apprentice, do Nirvana, é inspirada n’O Perfume.
  • Herr Spiegelmann da banda portuguesa Moonspell é inspirada no livro e contém um excerto da história.
  • A canção Du riechst so gut da banda alemã Rammstein é inspirada na história, uma das favoritas do vocalista Till Lindemann.
  • Marilyn Manson disse que a história foi uma das inspirações para o nome de seu 2º disco, Smells Like Children.
  • A música Nearly Witches (Ever Since We Met) da banda Panic! At the Disco também foi influenciada pela obra.
Fontes:

Para comprar:

Espero que tenham gostado e se interessado pela história! É do jeitinho que eu gosto, com crime, suspense, mistério e ainda prende a gente de um jeito incrível! Prendeu a mim, pelo menos.

Um grande beijo!

Por entre os labirintos do vento de Marina Colasanti

Uma das minhas escritoras prediletas é a ítalo-brasileira Marina Colasanti. Gosto tanto do trabalho de Marina que dediquei quase um ano estudando sua obra dedicada aos contos de fadas e tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente no ano passado (um doce de pessoa! *o*). E como o clima de contos de fadas anda no ar aqui no blog, o meu post de hoje será dedicado a falar um pouco sobre o trabalho desta escritora.

Marina Colasanti nasceu na Eritréia e radicou-se no Brasil com o término da Segunda Guerra Mundial. Além de escritora, é também jornalista, artista plástica, tradutora entre outras coisas. Até o momento, possui mais de quarenta livros publicados no Brasil e no exterior. Alguns dos prêmios recebidos por Marina Colasanti foram: Grande Prêmio de Crítica, da Associação Paulista de Críticos de Artes, na categoria Literatura Infantil (1979); Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños, FUNCE/INICEF (1994); Prêmio Jabuti categoria Melhor Livro Infantil ou Juvenil (1993, 1994, 2011); Prêmio Jabuti categoria Poesia (1994, 2009); Prêmio Portugal Telecom de Literatura (2011).

Embora tenha escrito poesias, crônicas, romances e memórias, o que mais me atrai na obra de Marina Colasanti são seus contos de fadas. Essas histórias podem ser consideradas como contos de fadas contemporâneos, uma vez que a escritora recorre a elementos que fazem parte do imaginário comum deste gênero – como seres e acontecimentos fantásticos, palácios, reis, rainhas, princesas, entre outros – manejando-os por meio de palavras com enorme capacidade de exercitar a imaginação de seus leitores.

Gostaria de indicar a leitura de dois livros que retratam o mundo fantástico criado por Marina Colasanti: Doze reis e a moça no labirinto do vento e Entre a espada e a rosa. Os dois livros possuem histórias narradas com uma enorme sensibilidade, criando um universo mágico através do resgate dos contos de fadas, capazes de exercitar a imaginação dos leitores. Marina vai muito além dos mitos criados em torno dos contos de fadas, a escritora utiliza sua narrativa para a transmissão de valores e retrata de forma única toda a sutileza e grandeza da alma feminina.

Ainda que seus contos possuam uma atmosfera semelhante aos contos de fadas mais conhecidos (“Branca de Neve”, “Rapunzel”, “A Bela Adormecida” etc.), eles não apresentam os tradicionais clichês de “era uma vez” e “viveram felizes para sempre”. Uma leitura mais atenciosa evidencia que os contos de Colasanti estão inseridos no contexto de nossa sociedade, trazendo à tona comportamentos e estereótipos comuns na atualidade.

Para quem se interessou, neste link é possível ler o conto “A moça tecelã”, que faz parte do livro Doze reis e a moça no labirinto do vento. Espero que vocês gostem! 


Doze reis e a moça no labirinto do vento
Autor: Marina Colasanti
Editora: Global Editora
Número de páginas: 96
Ano: 2006
Links para compra: Livraria CulturaSubmarino

Entre a espada e a rosa
Autor: Marina Colasanti
Editora: Melhoramentos
Número de páginas: 65
Ano: 2009
Links para compra: Livraria SaraivaSubmarino

Um beijo  da  menina leitora,

Resumo da semana

Gente do céu! Como a semana voou! Já é sábado e, portanto, é dia de resumir o que rolou aqui no blog durante a semana, pra quem não pôde acompanhar os posts...
Bom, a semana realmente foi curta, pois não começamos na segunda... Era pra termos iniciado já na segunda-feira o nosso padrão de postagens, mas não deu. Ai, essa semana foi uma bagunça! Ideias pro blog começando a ser concretizadas, muita conversa pra decidir tudo e muita confusão!
Na terça, que seria um dia livre, a Lívia postou seu primeiro texto, uma crítica ótima sobre o livro Só garotos, de Patti Smith! Aeee! Bem-vinda ao ML, Lívia! =D Leiam aqui.
Na quinta, postamos nossa tabelinha com a programação do blog. Prometemos tentar DE VERDADE segui-la, ok? Como falei, essa semana foi uma bagunça e não deu pra fazer nada como estava planejado... hehehehe
Então, para acompanhar os posts e, depois, nos cobrar, caso não sigamos o roteiro, segue o link da tabela.
E ontem, sexta-feira, foi o dia daquela comparada básica entre literatura e outras mídias... A Karina fez um post muito legal sobre as histórias de contos de fadas que têm ganhado adaptações para o cinema. Quem viu o post e não ficou com vontade de assistir a pelo menos um dos filmes, hein? Se você não viu, clica aqui pra conferir!
Bom, essa semana foi meio parada, né? Mas amanhã vai ter texto de uma das Meninas Leitoras pra vocês... fiquem de olho no blog e na nossa página no Facebook. Ainda não nos curtiu? Curte lá e aproveita a onda pra nos seguir no twitter (sei que anda meio parado, mas ainda tenho que me acostumar a postar lá!). Então, simbora pro Facebook e pro @MeninasLeitoras!
O que acharam do nosso resuminho? Deixem suas opiniões nos comentários, ok?
Um grande beijo! Bom fim de semana! 

Contos de fadas e o cinema


Há um tempo escrevi um post falando sobre o livro que a Cosac Naify lançou para comemorar o bicentenário da publicação dos livros dos irmãos Grimm, além de uma pequena resenha sobre a nova versão da Branca de Neve (você pode ler aqui). Mas, como a onda de adaptação dos contos de fadas (não necessariamente dos Grimm) ainda está em alta, resolvi fazer esse outro post, mostrando outros títulos relacionados ao tema.

Lançado no dia 26 de janeiro, “João e Maria: caçadores de bruxas” conta a história dos dois irmãos abandonados pelos pais na floresta e que vão parar na casa de doces da bruxa má. Depois de conseguirem escapar da megera, eles resolvem sair pelo mundo exterminando bruxas. 


“Jack: o caçador de gigantes” é a adaptação de “João e o pé de feijão”, que só deve chegar aqui em 29 de março, com direção de Bryan Singer (X-men).



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